Conheça a vida de Santa Catarina Labouré, a religiosa da Medalha Milagrosa

janeiro 11, 2020

Conheça a vida da religiosa da medalha milagrosa
Reprodução: Canção nova


A Igreja celebra Santa Catarina Labouré no dia 28 de novembro, a  humilde noviça que viu a Virgem Maria por 3  vezes e recebeu Dela a missão de propagar  a Medalha Milagrosa. 

Conheça a seguir toda a história da vida desta grande Santa, desde a infância até sua morte, e seus relatos pessoais sobre as aparições.

A vida de Santa Catarina Labouré

Infância:

Santa Catarina Labouré nasceu em 2 de maio de 1806, em Fainles-Moutiers, uma pequena vila de Borgonha, na França. Ela era a nona filha de uma família feliz de onze crianças.

Quando Catarina tinha nove anos, sua mãe morre repentinamente. Em meio a dor de ter perdido sua mãe, a pequena criança encontra um meio de suportar o sofrimento. 

Catarina vai até o quarto da mãe, pega a imagem de Nossa Senhora que se encontra no cômodo, a beija e diz: "Agora, querida Senhora, você deve ser minha Mãe".

A criada da casa foi quem presenciou este fato e contou mais tarde à sua irmã Tonine. Logo depois, Catarina - juntamente Tonine - foi viver com sua tia e lá ficou por algum tempo.

Depois disso regressou à casa paterna para ajudar seu pai na fazenda e cuidar da casa. Catarina levantava às 4 da manhã para dar conta de todo o serviço, todo o trabalho lhe consumia o dia e boa parte de suas forças. 

Apesar disso, não deixava que todo o cansaço lhe impedisse de cumprir cada vez melhor o calendário litúrgico, caminhava vários quilômetros para chegar até a Igreja e participar das Santas Missas, do Advento até a Páscoa.
 
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Sonho e planos de Deus:

Um dia Catarina teve um sonho; estava a rezar na igreja -  como de costume - na capela de Labouré. Eis que então avista  um velho padre celebrando a missa. 

Ao final, o padre se virou e a fez um sinal para que ela chegasse mais perto, porém ela com medo se afastou, mantendo os olhos naquele olhar, o qual recordaria para o resto de sua vida.


A visão voltou-se então para uma sala onde estavam alguns doentes, onde ela avistou o mesmo padre, que lhe disse: 



"Minha filha, é bom cuidar dos doentes, Foges de mim agora, mas um dia ficarás feliz em me procurar. Deus tem seus desígnios para ti. Não te esqueças."

Mais tarde, ela acordou, sem entender o significado de seu sonho.

Algum tempo depois - enquanto visitava um hospital das Filhas da Caridade - ela notou a foto de um padre na parede. Perguntou a uma irmã quem era aquele homem do quadro e ela lhe  disse: "Nosso Santo Fundador São Vicente de Paulo". 

Era o mesmo padre que Catarina tinha visto em seu sonho.

Aparições de Nossa Senhora e missão de Santa Catarina:


Medalha milagrosa e nossa senhora das graças a santa catarina laboure
Reprodução: arquidiocesedemanaus.org

Santa Catarina Labouré atendeu ao chamado de Deus entrando na Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo em Paris. 

Lá, já durante os primeiros meses de seu noviciado, foi agraciada com várias aparições da Santíssima Virgem - ocorridas entre julho e dezembro de 1830 - que lhe confiou a missão de fazer a Medalha Milagrosa. 

Antes porém, experimentou a graça de ver Nosso Senhor na hóstia consagrada, um fenômeno que lhe era manifestado frequentemente, e que ela mesmo o descreveu:


“Eu via[...]Nosso Senhor no santíssimo sacramento[...] o tempo todo do meu noviciado, afora as vezes em que duvidei: isto é, na vez seguinte não via nada, porque queria aprofundar [...] Eu duvidava desse mistério e julgava me enganar.(p.25)…. Em 6 de junho de 1830, dia da trindade… nova revelação… “Nosso Senhor me apareceu como um rei, com a cruz no peito [sempre], no santíssimo sacramento. Foi durante a santa missa e no momento do evangelho.”



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Relatos de Santa Catarina sobre as aparições:

Primeira aparição

Na noite de 18 de julho, era a véspera da festa de São Vicente:


“Eu me deitei com a ideia de que nessa mesma noite eu veria minha boa Mãe. Havia muito desejava vê-la. E foi o que aconteceu.

Finalmente, às onze e meia da noite, ouvi um chamado:

- Irmã, irmã!

Despertei e olhei para o lado  de onde vinha a voz, do lado do corredor. Abri a cortina. Vi então uma criança vestida de branco, de uns 4 ou 5 anos de idade, que me dizia:

- Levanta-se depressa e vá à capela, a Virgem Santa a espera! De imediato, veio-me à mente:

- Mas ela vai me esperar?

A criança me respondeu (mentalmente):

- Fique tranquila, são onze e meia, todos estão dormindo. Venha, Ela está esperando.

Vesti-me rapidamente e fiquei do lado da criança, que permanecera em pé, sem se afastar da cabeceira de meu leito. Ela me seguiu, ou melhor, eu a segui, sempre à minha esquerda, e a criança lançava raios de luz por onde passava.

As luzes se acendiam em todos os lugares por onde passávamos, o que me espantava muito. Mas fiquei bem mais surpresa quando entrei na capela… a porta se abriu mal a criança a tocou com a ponta do dedo. Mas a minha surpresa foi ainda maior quando vi todos os círios e archotes acesos, o que me lembrava a missa da meia-noite.

No entanto, eu não via a Virgem Santa. A criança me conduziu para dentro do santuário, ao lado da poltrona do Senhor Diretor. Lá me pus de joelhos, e a criança permaneceu em pé o tempo todo.

Como julgasse haver demora, olhei para verificar se as vigilantes não passavam pela tribuna. Por fim, chegava a hora, preveniu-me a criança, dizendo:

- Eis a Santíssima Virgem ! Ei-la…. Não tinha certeza que fosse a Virgem Santa.

No entanto, a criança que lá estava me disse:

- Eis a Virgem Santa!

Não me seria possível dizer o que senti nesse momento, o que se passou dentro de mim. Parecia-me não ver a Virgem Santa.

… A criança repetiu: “Eis a Virgem Santa!” - Mas Catarina parecia não ouvir.

Foi então que essa criança me falou, não mais como criança, mas como um homem: mais robusto e com as palavras mais fortes.

Catarina ouve "como o som do movimento de um vestido de seda."

"Então, olhando para a Virgem Santa, saltei para perto dela, ajoelhando-me nos degraus do altar, com as mãos apoiadas nos joelhos da Virgem Santa. Passou-me um momento, o mais doce da minha vida. Impossível contar o que senti. Ela me disse como eu deveria me conduzir em relação a meu diretor…o modo de conduzir meus sofrimentos."



Santa Catarina apóia as mãos nos joelhos da Virgem Maria
  Reprodução: Aleteia


“Minha filha, o bom Deus quer nos encarregar de uma missão. Você terá muitas dificuldades, mas as superará pensando que cumpre essa missão para a glória do Bom Deus. Será atormentada por isso, a ponto de contar àquele que é encarregado de a dirigir. Será contestada, mas conhecerá a graça. Não tema. Fale com confiança e simplicidade… Os tempos serão difíceis. Infortúnios se abaterão sobre a França. O trono será derrubado o mundo todo será acometido de infortúnios de todo tipo (a Virgem Santa parecia muito aflita ao dizer isso). Mas venha ao pé deste altar. Aqui, as graças serão concedidas a todos, grandes e pequenos, que as pedirem com confiança e fervor.  As graças serão concedidas principalmente àqueles que as pedirem… Vão acontecer grandes infortúnios. O perigo será grande. No entanto, nada tema, diga que nada temam!  Proteção de Deus estará sempre presente de um modo especial, e São Vicente protegerá a comunidade (a Virgem Santa continuava triste). Mas eu mesma estarei ao seu lado. Sempre velei por você. Eu lhe concederei muitas graças. Haverá um momento em que o perigo será grande. Hão de crer que tudo foi perdido. Nesse momento eu estarei com você!”

A nova missão de Catarina foi a de difundir esta promessa de Deus e Maria ao mundo.

"Ali fiquei não sei quanto tempo. Tudo o que sei é que  quando ela partiu percebi que algo se apagava, algo mais que uma sombra que se dirigia para o lado tribuna, mesmo caminho por onde ela tinha chegado. Eu me pus em pé nos degraus do altar e percebi a presença da criança ali onde eu a havia deixado. A criança me disse:

- Ela partiu.

Retomamos o mesmo caminho, sempre todo iluminado, com a criança sempre à minha esquerda. Creio que essa criança fosse meu anjo da guarda, que se tornara visível para me fazer ver a virgem Maria, pois eu tinha rezado muito para que ele me concedesse esse favor.

Ele estava vestido de branco e trazia consigo uma luz milagrosa, isto é, ele era resplandecente de luz: tinha uns quatro ou cinco anos de idade."


Nossa Senhora ainda pediu-lhe que criasse  uma associação dos filhos e filhas de Maria. O confessor de Catarina, Padre João Maria Aladel, cumpriu este pedido em 2 de fevereiro de 1840.

Segunda aparição

Em 27 de novembro Catarina foi novamente tomada de “um grande desejo de ver a Santíssima Virgem”: 

‘Desejo tão forte que tive a convicção de que a veria em seu mais belo esplendor. Avistei a Virgem Santa na altura do quadro de São José. Em pé, vestida de branco, altura mediana, figura tão bela que me seria impossível falar de sua beleza. Estava com um traje de seda branco-aurora.’

Desta vez a aparição ocorre às 5:30 da tarde na mesma capela durante a oração. 


Catarina viu dois quadros unidos, onde a Virgem estava em pé, com os braços estendidos sobre a metade de um globo terrestre, esmagando uma serpente com seus pés.   


segunda aparição de Nossa Senhora a Santa catarina

No primeiro, Maria trazia um pequeno globo dourado em suas mãos, com uma cruz que subia aos céus. E diz à noviça:

“Este globo representa o mundo inteiro e cada pessoa em particular”.

No segundo, das mãos estendidas e abertas  de Maria - com dedos cobertos de anéis e pedrarias - dos quais desprendiam raios luminosos com um brilho belíssimo. 

A irmã ouviu no mesmo instante a voz que dizia:


“Estes raios são o símbolo das graças que derramo sobre aqueles que me pedem". Ao redor do quadro, ela leu, em letras douradas, a seguinte invocação: "Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

"Sobre esse ponto só sei expressar aquilo que senti e percebi; a beleza o brilho e os raios. Pude compreender o quanto era agradável rogar à Virgem Santa e o quanto é era generosa com aqueles que lhe invocam. Quantas graças quer conceder a quem as pede, quantas alegrias sente ela em concedê-las."
 
Depois Catarina ouve a voz que diz:  


“Mande cunhar uma medalha segundo este modelo. As pessoas que a carregarem com confiança receberão inúmeras graças”.

Então, o quadro se vira e Catarina vê o reverso da medalha: acima, uma cruz sobre a letra “M”; abaixo, dois corações: um coroado de espinhos e outro traspassado por uma espada.

Terceira aparição 


No mês de dezembro do mesmo ano, Catarina enquanto está em oração novamente ouve o suave movimento do vestido de Nossa Senhora, desta vez, atrás do altar.

Catarina reviu o quadro da medalha no centro, um pouco atrás do tabernáculo. Os raios que saíam das mãos preenchiam toda a parte de baixo de modo a encobrir os pés da Santa Virgem.  

E de novo uma voz se fez ouvir:


"Esses raios são o símbolo das graças que a Virgem Santíssima concede aqueles que as pedem… Não me verás mais, mas ouvirás minha voz durante tuas orações."
 
Foi o fim das visões. 


Catarina revela os pedidos da Virgem Maria a seu confessor  padre Aladel, que em primeiro instante não acolhe bem.

Além disso proíbe Catarina de pensar e falar nisto. E apesar de isto lhe ter sido um golpe terrível, Catarina obedece seu confessor.


Em 30 de janeiro de 1831, Catarina toma o hábito de Filha da Caridade.

Vocação após as aparições:

Depois que as visões cessaram, Catarina passou o resto de seu tempo neste mundo em serviço humilde e obediente. 

Viveu os próximos 46 anos de sua vida num convento de forma humilde, ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.

Serviu também trabalhando como porteira e cuidando  dos idosos doentes no Asilo de Enghien, nos arredores de Paris.

Ela passou esse tempo em silêncio, no escondimento, na humildade. Sem revelar à ninguém que ela era a pessoa a quem a Virgem Maria apareceu, guardando cuidadosamente seu segredo.


Propagação e graças da Medalha Milagrosa

Propagação e as graças da Medalha:

Levou dois anos - desde as aparições - para que Catarina conseguisse que enfim a Medalha fosse feita, e então 2.000 foram fabricadas.

Inicialmente foi chamada de “A Medalha de Nossa Senhora das Graças”, relacionando-a com as promessas de muitas graças feitas pela Virgem Maria. 

Logo quando começou-se a propagar a Medalha, houve uma terrível epidemia de cólera que se alastrava por toda Paris. 

As Filhas da Caridade começaram a distribuir estas 2.000 medalhas.

As curas começaram a acontecer, assim como a proteção contra a enfermidade e também as conversões. 

Sua difusão foi tão rápida e eficaz que as pessoas logo começaram a referir-se como “a Medalha Milagrosa” ao invés de “a Medalha de Nossa Senhora das Graças”.

Morte de Santa Catarina:

Santa Catarina Labouré entrou no Céu em 31 de dezembro de 1876 - aos 70 anos de idade - para contemplar sua Virgem Mãe, cujo amor e beleza conquistaram seu humilde coração. 

Seu corpo foi exumado 57 anos após sua morte e achado em perfeitas condições. 

A Santa que obteve a graças de desfrutar o privilégio de descansar as mãos nos joelhos da Santíssima Virgem,  foi canonizada pelo Papa Pio XII em 27 de julho de 1947.

A oração de Santa Catarina

"Quando vou à capela, me coloco diante do bom Deus e digo-lhe: 

'Senhor, aqui estou eu, dê-me o que quiser.' Se Ele me der algo, estou muito satisfeito e agradeço a Ele. Se Ele não me der nada, continuo agradecendo a Ele porque não mereço nada. E, novamente, digo a Ele tudo o que passa pela minha mente; Relato minhas dores e alegrias e ... ouço. Se você o ouvir, Ele também falará com você, porque com o bom Deus é necessário falar e ouvir. Ele sempre falará com você se você for a Ele de maneira simples e sincera."
 
Fonte: Associação da Medalha Milagrosa; Derradeiras graças.
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Aparições Nossa Senhora das Graças a Santa Catarina Labouré

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